sexta-feira, 6 de junho de 2008

Gossip Girl chega ao fim com Saldo positivo

Gossip Girl

No geral Gossip Girl foi uma agradável surpresa da temporada 2007/2008. A adaptação de Josh Schwartz (The OC, Chuck) do best-seller homônimo da escritora americana Cecily von Ziegesar, chegou com tudo quebrando alguns paradigmas comuns em series teens e dando muito o que falar com uma trama picante e carregada de polemicas. O piloto tem um quê do filme Segundas Intenções, grande sucesso da década de 90, e parece que Schwartz aprendeu com alguns dos erros cometidos em The OC, evitando o excesso de tramas paralelas e até mesmo criando antagonistas que ao longo da temporada viríamos a adorar, como Blair e Chuck. Apesar de Serena e Dan serem os protagonistas de fato, é o instável casal de contraventores que costumeiramente rouba todas as cenas.



Mas isso mudou um pouco nos meados da série quando Blair começou a empalidecer tramando briguinhas bobas com a irmã de Dan, Jenny, que era inclusive mais nova (e pobre) que a socialite do Upper East Side. A trama então começou a ficar vazia e sem sentido quando o assunto principal começou a ser a disputa pelo fictício reinado de um mísero grupinho de dondocas e aquele acidente na piscina que acabou não rendendo nada de interessante. Contudo, eis que depois do fim da greve dos roteiristas Gossip Girl voltou das cinzas trazendo uma invejável seqüência de episódios, desta vez resgatando as promessas do início da temporada, focando no sumiço de Serena e o que ela realmente fez: se tornou cúmplice de um suposto homicídio com sua perigosa ex-amiga Georgina Sparks, interpretada com maestria pela talentosíssima Michelle Trachtenberg. Bom também que as sempre maçantes subtramas com os pais funcionam aqui apenas pano de fundo das histórias dos jovens (mais um erro recorrente de OC - lembram-se do alcoolismo da mãe de Seth?).



Coroando o bom desempenho da produção, não posso deixar de citar a narração de Kristen Bell (Veronica Mars, Heroes) que justifica o título da série e dá o perfeito tom das intrigas que os jovens ricos diuturnamente se envolvem. Funcionando muito bem quando está focada nos dramas e polêmicas ao invés dos romances água-com-açúcar (quem se importa com Serena e Dan?), Gossip Girl se despediu antes da hora (mais uma vez por culpa da greve) com um final que acabou deixando muita coisa em aberto, mas ainda assim com um saldo positivo. Tomara que Scwhartz consiga segurar a peteca desta vez, como não conseguiu fazer com a saga dos Cohen de Newport Beach.

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