Em "A Favorita", nova novela das oito da Globo, a mocinha Flora (Patrícia Pillar) tenta recomeçar sua vida depois de passar 18 anos presa, condenada pelo assassinato do amante. Essa situação é inverossímil, informa o colunista Daniel Castro, na coluna Outro Canal, publicada na Folha desta sexta-feira (6), que está nas bancas.
Segundo a coluna, no Brasil, Flora ficaria presa em regime fechado, no máximo, durante cinco anos.
"Antigamente, o homicídio qualificado [caso de Flora] dava pena de 12 a 30 anos. Depois de cumprir um sexto da pena, o detento ia para o regime semi-aberto, em que dorme na cadeia e trabalha de dia. Desde 2007, está em vigor nova lei que determina o cumprimento em regime fechado de dois quintos da pena para réu primário e de três quintos para reincidente", explicou à coluna Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP, doutor em direito penal.
Autor de "A Favorita", João Emanuel Carneiro argumentou que Flora ficou todo esse tempo presa porque sua rival, Donatela (Cláudia Raia), contratou "os melhores advogados e fez o impossível para mantê-la isolada do mundo". Ele disse ainda que a obra é uma ficção.
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